69 – Os Normais
Antes de ser retomada nas telonas, “Os Normais” teve três anos de vida próspera na Rede Globo. Considerado o melhor trabalho de Fernanda Young como roteirista, as loucuras dos noivos Rui e Vani nunca pareciam ser tão distantes da realidade para qualquer pessoa que já tenha passado por um relacionamento sério, o que mantinha um ar “pé no chão” por mais avoada que a trama se tornasse.
A melhor comédia romântica brasileira para televisão? Pode apostar que sim!




68 – The New Adventures of Old Christine
Em quais filmes você lembra de ter visto Mark Hamilton depois de “Star Wars”? Seja no cinema ou na TV, alguns atores são amaldiçoados a ficarem eternamente presos em um só papel. Depois de muitas tentativas, Julia-Louis Dreyfus conseguiu se esquivar desse problema.
A atriz, que nunca será esquecida pelo papel da neurótica Elaine em “Seinfeld”, é a mãe mais ou menos solteira que dá nome ao “New Adventures of Old Christine”. A pura realidade é que a atriz e os produtores souberam dosar perfeitamente a medida entre as novidades e o saudosismo: com uma ou outra mudança de caráter, a protagonista da comédia é a Elaine que conhecemos também, mas em uma situação completamente diferente. Alguns chamam isso de oportunismo, mas eu chamo de sagacidade.





67 – A Feiticeira
Na clássica batalha entre “Jennie é um Gênio” e “A Feiticeira”, aqui a bruxa Samantha foi quem se deu melhor. Sim, ambos os seriados começaram a ser gravados em meados da década de 60 e tinham muitos elementos em comum, sendo, o mais evidente, uma bela mulher com poderes mágicos fazendo de tudo para agradar seu amado. No entanto, a Feiticeira tinha um carisma que prende a atenção de quem quer que seja. Este é um daqueles programas que faz você deixar o controle remoto de lado, não importando quantas vezes já tenha visto o episódio – e este é um mérito e tanto!




66 – Jackass
A partir deste momento, começa a ficar claro o tipo de humor que agrada ao criador desta lista: o mais negro, imoral e nonsense. Claro que comédias de todos os gêneros e épocas estão e continuarão aparecendo ao longo do Top 100, contudo, garanto que muito mais “Jackasses” estarão pela frente.
Mas fala sério, tem algo mais engraçado do que assistir a um bando de marmanjo se autoflagelando com o cúmulo da criatividade? O “pastelão” nunca foi levado tão longe antes desses caras surgirem na MTV. Espero que continuem o trabalho, mesmo com uma lamentável baixa na trupe





65 – O Mundo é dos Jovens
Fomos das piadas mais imorais da televisão a um dos melhores seriados para crianças que já passou pela TV. “O Mundo é dos Jovens” acompanhou meu amadurecimento do mesmo modo que os adolescentes de hoje fizeram com “Harry Potter”: pude assistir ao crescimento do pequeno Cory, sua namorada e futura esposa Topanga, seu grande amigo Shawn e até o seu professor e mentor Sr. Feeny desde quando frequentavam o ginásio (em uma época em que a palavra “ginásio” ainda era usada) até sua formatura no colegial.
Apesar de tocar em alguns assuntos sérios quando necessário, o roteiro sempre é conduzido com leveza. Uma harmonia tão grande que colocou este seriado no trono de melhor já produzido pelo Disney Channel.






64 – Alf, o Eteimoso
Engraçado… Nos anos 80, tudo que era pequeno o bastante para ser considerado um mascote bonitinho podia passar impune por qualquer confusão que arrumasse, já que continuaria adorado pela família. Reassistindo a alguns episódios de “Alf” hoje, fico pensando como Willie Turner era paciente.
O alienígena com “síndrome de Ronald Golias” que o pacato cidadão do subúrbio prometeu proteger estragou bolos de aniversário, destruiu carros e até mesmo incendiou a casa mais de uma vez: tudo de propósito. Talvez seja por ter criado esta visão mais analítica que “Alf” me parece ser muito mais engraçado (e impróprio) hoje do que há três décadas atrás.



63 – Flight of the Conchords
Eis uma ideia excelente, mas que raramente dá certo: uma série em que os protagonistas interpretem a si mesmos. O conceito de misturar a vida pessoal dos atores com seus papéis fictícios chegou ao ápice no já citado “Seinfeld”, entretanto “Flight of the Conchords” surgiu recentemente para dar um sopro de vida a este subgênero.
A dupla de músicos independentes da Nova Zelândia Jemaine Clement e Bret McKenzie tentam fazer fama em uma nova e distante ilha, ou seja, Manhattan. Para conquistar seus objetivos, eles colocaram três ingredientes infalíveis no liquidificador: humor britânico, vergonha alheia e musicais ao estilo “Glee”.
De acordo com o site especialista em fazer uma média com as notas dadas por críticos ao redor do mundo, este é um dos melhores seriados da atualidade. Acho que isto já fala por si só, não?




62 – Louie
Quase tudo o que foi dito sobre “Flight of the Conchords” pode ser utilizado para descrever “Louie”, basta trocar os personagens – de dupla de músicos por um dos comediantes de stand-up que mais cresce no cenário norte-americano.
Na vida fictícia que o próprio humorista escreveu para televisão, o simpático carequinha pessimista tem duas filhas pequenas com as quais se preocupar, além de sua carreira em declínio. A produção fica por conta da HBO, então Louie CK teve total liberdade para criar suas piadas. Em outras palavras, esta definitivamente não é a série que você vai querer assistir com seus filhos pequenos por perto.





61 – Todo Mundo Odeia o Chris
Chris Rock ficou famoso no mundo todo por não segurar sua língua na hora de apresentar seus shows ao vivo. Sua especialidade é narrar como foi sua infância sofrida no bairro mais barra-pesada de Nova York. Ele continuou contando suas memórias até que o produtor Ali LeRoi viu o potencial que elas tinham para se tornarem uma bela sitcom. E assim aconteceu.
“Everybody Hates Chris” foi um projeto pensado desde o início para ter uma vida curta, já que Chris Rock possuía muitos outros trabalhos paralelos acontecendo. Apesar de triste, foi um alívio a série ter durado apenas quatro anos, já que a comédia terminou em sua melhor temporada.



60 – It’s Always Sunny in Philadelphia
Qualquer cara que já passou dos 18 divide um mesmo sonho: o de ser dono de seu próprio bar. “It’s Always Sunny in Philadelphia” é um conto sobre um grupo de pessoas que correu atrás desta carreira ideal e descobriu que a coisa não é tão divertida assim. Por causa da falta de emoção na vida profissional, eles tentam compensar na social.
A “gangue”, como se autointitulam, é muito mais desunida quanto pode parecer à primeira vista. Cada um de seus membros só olha para o próprio umbigo e está dispostos a fazer o que for preciso para ser o melhor da turma, mesmo que isso signifique puxar o tapete do colega sem receber nada em troca.
Para terminar, Danny DeVito é uma das estrelas do programa. Convenhamos, só de olhar para o baixinho barrigudo e carrancudo já fica difícil segurar as lágrimas.